Você já deve ter se perguntado: como passar em concurso público? Já questionou se o melhor é estudar em casa ou em cursinho. Deve ter vários amigos concurseiros que criam grupos de estudo e compartilham todo tipo de conteúdo.
Você tem uma vida corrida (trabalho, faculdade, escola, academia, etc.) não sobra muito tempo para estudar em casa, por isso prefere fazer um cursinho próximo do trabalho ou da sua casa.
Ou então você tem bastante tempo livre. Acorda, toma seu café e se enfia no quarto para estudar e só sai de lá no fim da tarde. Lê uma série de apostilas e livros e assiste dezenas de videoaulas.
Mas, por ironia do destino, você não consegue passar no concurso que tanto almeja. O problema pode estar na forma que você estuda.
Hoje, eu trago 7 passos para você estudar no conforto do seu lar, administrando seu tempo e sua atenção para seus outros papéis (pai, mãe, marido, esposa, filho(a), namorado(a), etc.) de modo que você obtenha um alto desempenho nos seus estudos e conquiste a tão sonhada aprovação.
Como passar em concurso público em 7 passos
Como passar em concurso público – 7 passos para a aprovação
Se você fizer uma pesquisa na internet você receberá uma série de informações relevantes a cerca do concurso pretendido, são milhares de videoaulas e “.pdf” com o assunto previsto no edital. Dicas e macetes de cada banca organizadora. Há também aquelas mirabolantes técnicas de chute!!!
De fato, conteúdo é tudo, não tem como você resolver questões de uma prova se você não entender do assunto.
Mas de nada adianta você ter todo esse “arsenal” na sua mão se não souber usá-lo. Um bom planejamento de tempo e de espaço, aliado a uma técnica eficiente de estudo são importantíssimos para conseguir assimilar uma gama maior de conteúdo.
Abaixo, o Tudo Mastigadinho traz 7 passos ou dicas de como passar em concurso público, que também se aplicam a qualquer área do conhecimento na qual você tenha interesse em aprender.
1º) Quebre seus estudos em sessões, em partes
A razão para isto é que, em média, um estudante só consegue prestar atenção por cerca de 25-30 minutos.
Isto vale para aulas, leitura e estudo em geral. Passados 25-30 minutos, a sua eficiência em absorver o conteúdo começa a diminuir, e é por isso que o conselho de simplesmente estudar mais não é eficaz em tudo.
Em vez disso, você deve quebrar suas sessões de estudo em pedaços de 20-30 minutos, e após concluir cada pedaço, faça pausas de 5 minutos e vá fazer algo divertido, ou pelo menos afastado daquilo que você esteja estudando.
Além disso, uma vez que suas sessões de estudo são feitas para o dia inteiro, você deve se dar uma recompensa real, tangível ao fim daquele dia.
Desta maneira você estará construindo bons hábitos de estudo, e com um benefício adicional, você estará se condicionando a estudar. Uma vez criado o hábito, você poderá aperfeiçoar-se, elevando o tempo de cada sessão.
2º) Crie uma área dedicada ao estudo
A razão para isto é que o nosso ambiente em grande parte determina o nosso comportamento.
Pense em quando você está na sala de aula. Quando o professor faz uma pergunta a toda classe, você instintivamente estará condicionado a respondê-la. O ambiente escolar nos remete ao aprendizado e, consequentemente, à solução de questionamentos.
Na sua área de estudo deve ocorrer exatamente o mesmo. Se você criar sua área num lugar onde você está condicionado a fazer outras coisas, como dormir, jogar videogame, ou se divertir com os amigos, vai ser muito difícil criar uma atmosfera de estudo.
O que você deve fazer é encontrar uma área que será usada especificamente para o estudo, portanto, o contexto fará com que seja fácil para você condicionar-se a estudar.
Você pode eleger uma mesa no canto do quarto, voltada para a parede, sem que haja qualquer distração que o faça perder o foco naqueles seus 25-30 minutos.
3º) Estude ativamente – o que é que estou aprendendo?
Quanto mais ativo e focado você estiver no seu aprendizado, mais eficiente será a assimilação do conteúdo.
A melhor maneira de fazer isso, em vez de ler e reler os capítulos de seu livro, é fazer, antes de começar a estudar, uma perguntar a si mesmo: o que é que eu estou aprendendo?
Você vai se deparar com 2 categorias de resposta: você está aprendendo conceitos ou fatos.
- Um conceito é aquilo que você precisa entender: “o que esse osso em particular faz no corpo humano?
- Um fato é apenas algo que você precisa lembrar: “o nome desse osso é…”
Conceitos são mais importantes que fatos, porque uma vez que você aprende um conceito, uma vez que você realmente entender o seu funcionamento, será seu pra sempre, você vai se lembrar dele. Fatos, por outro lado, podem se perder ao longo do tempo.
A melhor maneira de aprender os conceitos é defini-los com suas próprias palavras.
4º) Faça anotações
Depois do estudo, o mais rapidamente possível, faça anotações daquilo que você acabara de aprender.
Adicione um pouco mais de conteúdo correlato para que você possa realmente solidificar os conceitos em sua mente.
Nessa hora você pode recorrer a outro colega que também faz anotações, para enriquecê-las.
Em caso de dúvida, se ainda for possível, recorra ao professor e veja se ele pode esclarecer algo que você não tenha entendido.
A anotação após a aula ou após o estudo obrigará o cérebro a criar pequenos “gatilhos” (imagens, sensações, etc.) que remeterão ao conteúdo recém aprendido.
Esses pequenos gatilhos deverão ser potencializados, como veremos nos próximos passos.
5º) Ensine o que você aprendeu
A melhor maneira de realmente aprender alguma coisa é ensinando-a. Há 2 motivos para isso:
- é uma ótima forma de estudar porque você está forçando seu cérebro para recuperar todas as informações de modo que você possa resumi-las para alguém.
- você está certificando-se de que você compreendeu plenamente o assunto. Se você está explicando para alguém que não tem absolutamente nenhuma ideia sobre o assunto, e eles estão aprendendo a partir da perspectiva de um novato, então você estará criando conceitos e fatos adquiridos do seu próprio entendimento.
Seja detalhista na sua explicação, imagine-se ensinando a uma criança, abuse da sua criatividade para se fazer entender.
6º) Faça revisões espaçadas
Um conhecimento recém adquirido, se não revisto de tempos em tempos, perde-se.
Daí a importância de revisar com uma certa frequência. É nessa hora que criamos a memória de longa duração, estaremos treinando o cérebro para buscar informações com a ajuda dos “gatilhos mentais”
Uma boa maneira de criar gatilhos que auxiliem as revisões espaçadas é com a utilização de fichas de arquivo, onde são colocadas suas anotações, seus resumos e mapas mentais sobre o conteúdo estudado.
O uso de fichas de arquivo trará uma série de benefícios, entre eles:
- organização do conteúdo a ser estudado;
- pode-se substituir grandes textos por algumas imagens;
- aumenta sua capacidade de sintetização;
- 5 minutos de revisão = 30 minutos de estudo;
- ativa várias áreas do cérebro, potencializando a memorização;
- e muito mais…
7º) Use sua memória a seu favor
Os fatos, ao contrário dos conceitos, são muito mais difíceis de guardar o significado, muitos estudantes recorrem frequentemente à simples memorização para lembrá-los, a melhor maneira de fazer isso é usando mnemônicos.
Mnemônico é qualquer sistema que facilite a lembrança, pode-se valer de associações de imagens, criação de histórias, músicas, etc.
Outra maneira de pensar sobre as associações de imagem é criar uma interação entre elas, uma sequência não necessariamente lógica sobre aquilo que você está tentado estudar.
Veja este exemplo sobre Competências Privativas da União, previstas no Art. 22 da CRFB:
Nessa associação maluca temos:
- trabalhador – Direito do Trabalho (Inciso I);
- civil – Direito Civil (Inciso I);
- arando a terra – Direito Agrário (Inciso I);
- pena – Direito Penal (Inciso I);
- aeromoça – Direito Aeronáutico (Inciso I);
- espaço – Direito Espacial (Inciso I);
- bebendo água – Águas (Inciso IV);
- fazendo um comercial – Direito Comercial (Inciso I);
- processo – Direito Processual (Inciso I);
- eleitoral – Direito Eleitoral (Inciso I);
- planeta Desap – Desapropriação (Inciso II);
- mar – Direito Marítimo (Inciso I); e
- não tinha transporte nem trânsito – Trânsito e Transporte (Inciso XI).
Mentalize esta história, produza você também suas imagens mentais, pode parecer uma coisa absurda, mas tente fazer sentido pra você.
Bons estudos! 😉
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