Há alguns estilos diferentes, na verdade, há muitos estilos de aprendizagem, mas provavelmente os mais comuns que você ouviu falar são estes 3 estilos:
- Aprendizagem visual: onde se aprende melhor vendo coisas;
- Aprendizagem auditiva: onde aprendemos melhor por ouvir coisas; e
- Aprendizagem Cinestésica: onde aprendemos melhor por realmente fazer as coisas ou a prática de atividades físicas.
O que ocorre é que se você acredita em estilos de aprendizagem, você realmente está errado. Mas não desanime, a culpa não é sua.
Como posso ter certeza que os 3 estilos de aprendizagem não existem?
Esta crença em estilos de aprendizagem é incrivelmente cativante. É tão comum que as pessoas nem pensam em questioná-la, parece tão lógico, tão real.
O Ponto alto é que, quando postos à prova, estes estilos de aprendizagem não existem, não fazem diferença.
Quando perguntado como uma pessoa gostaria de aprender alguma coisa ou como ela gostaria de estudar, muito provavelmente iríamos ouvir: “Eu prefiro ver o conteúdo,” ou “Eu prefiro ouvir isso”, ou ainda “Eu prefiro realmente fazê-lo.”
A verdade é que essas preferências não exatamente melhoraram a sua aprendizagem, quando testadas em condições experimentais, ou seja, trazendo pessoas diferentes que supostamente têm diferentes estilos de aprendizagem e ensinando-as das várias maneiras, de forma que fique melhor para cada uma, identificamos os mesmos resultados.
Testando seu “estilo”!!!
Por exemplo, vamos dizer que eu tenha uma lista de palavras que eu queira que você memorize, é uma sequência simples com 7 palavras:
Identificando-se um grupo de aprendizes visuais, eu poderia mostrar imagens dessas palavras, pois sabemos que este grupo aprende melhor visualizando o conteúdo.
Ou ainda, em outra condição, com um grupo identificado como aprendizes auditivos, eu poderia simplesmente deixá-los ouvir essas mesmas palavras.
Ao trocarmos o conjunto de 7 palavras e invertendo sua aplicação aos dois grupos descritos, ou seja, apresentando imagens ao grupo dos aprendizes auditivos e sons aos visuais, há de se esperar que os aprendizes visuais fossem capazes de lembrar mais palavras quando as vissem e os auditivos quando as ouvissem.
Percebe-se que o número de palavras que lembram é exatamente o mesmo, independentemente da forma como o material é apresentado a eles.
Ainda não há evidência que prove que ensinando estilos diferentes de acordo com a preferência de aprendizagem dos alunos realmente faça a diferença.
Há diferentes pesquisas sobre aprendizagem e memória para explicar isso, mas uma das ideias principais é que a maioria das coisas que aprendemos em sala de aula é armazenada em termos de significado, e isso não está amarrado a um sentido particular ou uma modalidade sensorial particular.
Agora, assim como as pessoas têm preferências, também é verdade que alguns de nós podem ter memórias visuais melhores ou melhores memórias auditivas ou ainda habilidades de processamento auditivo melhores em comparação umas com as outras, e que isso pode ser vantajoso para certo tipo de tarefa.
Guarde o significado!!!
Aquilo que os professores pedem para se lembrar em sala de aula é o conteúdo conceitual, é o significado da coisa, não apenas algo visual, sonoro ou tátil.
E, a propósito, este conceito, toda essa ideia, também ajuda a explicar porque as estratégias de revisões simples: reler suas anotações ou simplesmente reescrevê-las, mesmo que repetidas vezes, tendem a não serem muito eficazes.
A fim de reter a informação, temos que organizá-la de uma maneira que seja significativa
Temos de fazer conexões a ela, conectando-a a nossas experiências ou associando com nossos próprios exemplos, ou ainda como esta informação se relaciona com o que mais nós sabemos.
Isso é o que nos ajuda a lembrar. A maior parte do que aprendemos é armazenada em termos de significado, e não de acordo com as imagens, sons ou contato com a coisa.
Bons estudos! 😉
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